O NUPEM PUC-Rio – Núcleo de Pensamento Moderno – tem o prazer de te convidar para a palestra da Profª. Isabel Fragelli (USP)
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Título: “A ordem das razões na ciência do vivo”
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Participe gratuitamente pelo link:
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https://puc-rio.zoom.us/j/99541691753?pwd=eUtvUjFnVkZqTlh6a1Ixa2o5VGZqUT09
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Ou insira os seguintes dados no Zoom:
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ID: 995 4169 1753
Senha: 965600
Resumo da palestra: As diferentes versões das teorias mecanicistas e organicistas desse período concebem de maneiras distintas as relações entre forma e função nos corpos vivos. Os exemplos de Descartes e Leibniz nos mostram que o mecanicismo, que se propõe a deduzir as funções a partir das formas (tratando-as como meros “efeitos” destas últimas), não consegue evitar o emprego de analogias técnicas em suas explicações, por meio das quais essa ordem se inverte: em um corpo concebido como máquina, são as formas que se explicam pela determinação a priori das funções. A compreensão dos limites dessa teoria conduz à formação gradual do conceito de organismo, que encontra, na obra de Kant, sua definição mais notória. Na Crítica da faculdade de julgar, o autor afirma que, nem o modelo mecanicista, nem o modelo técnico são adequados para a compreensão do processo de geração de um ser vivo, uma vez que este é um ser “que se organiza a si mesmo”, e no qual forma e função determinam-se reciprocamente. Ocorre que, sendo a nossa razão incapaz de conceber propriamente tal reciprocidade, será necessário admitir que o organismo não pode ser conhecido, mas apenas interpretado pela razão segundo a “analogia” com algum conceito que lhe seja familiar (o da causalidade final), ainda que esta analogia seja muito imperfeita. Já outros autores, como Herder e Goethe, preferem não renunciar à pretensão de apreender este objeto em sua verdade, propondo, para tanto, uma transformação da própria noção de teoria.
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Resumo do CV Lattes: Isabel Coelho Fragelli é professora de Filosofia Moderna da USP. Fez graduação e doutorado direto em Filosofia nesta mesma instituição, pós-doutorado em Filosofia na Universidade Paris 1 (Panthéon-Sorbonne) e foi professora substituta do Departamento de Filosofia da UFSCar. Traduziu obras de Goethe (no prelo), Buffon, Blumenbach e Cassirer. Sua tese de doutorado está no prelo para publicação na editora 7 Letras sob o título A exposição simbólica da Bildung. Atualmente, suas pesquisas se direcionam para o estudo das relações entre filosofia e ciências da vida no século XVIII.
