Palestra NUPEM: “Interpretar a natureza por meio da química: as filosofias experimentais de Bacon e de Diderot”

O NUPEM PUC-Rio – Núcleo de Pensamento Moderno – tem o prazer de te convidar para a palestra da Profª. Luciana Zaterka (UFABC) e do Prof. Ronei Mocellin (UFPR):

Dia 06 out. 2023, sexta-feira, às 14h:
Título:  “Interpretar a natureza por meio da química: as filosofias experimentais de Bacon e de Diderot”

Participe gratuitamente pelo link:
ID da reunião: 969 9817 7464
Senha de acesso: 968165
Cartaz_Palestra_Zaterka_Mocellin
Mais informações:

Resumo
 da palestra: A nova proposta de Francis Bacon (1561-1626) para a restauração do conhecimento humano propõe um novo método de investigação, que tem como fio condutor a sua concepção de “história experimental da natureza”. Esta perspectiva epistêmica e metodológica pode ser um acesso importante para os estudos da filosofia experimental, e mesmo para a gênese histórico-conceitual da química moderna, afinal a química seiscentista tinha como um de seus alicerces o conceito de História Experimental da Natureza, tal como elaborado por Lorde Verulâmio. Esse movimento epistêmico fica manifesto na obra de um dos principais representantes do projeto baconiano de conhecimento, o químico Robert Boyle (1627-1691) que, assim, desenvolveu, de fato, uma filosofia do experimento. Essa imbricação entre a química e a filosofia experimental, embora com interesses e objetivos distintos, continuou ao longo do século das Luzes. Denis Diderot (1713-1784) aconselha seu leitor: “…abra a obra de Franklin, folheie os livros dos químicos e verás o quanto a arte experimental exige de opiniões, de imaginação, de sagacidade, de recursos: leia-os atentamente, pois se é possível aprender de quantos modos uma experiência se repete, é lá que aprenderás” (Pensamentos sobre a interpretação da natureza, XLI). Nesta conferência nos propomos diferenciar as filosofias experimentais de Bacon e Boyle da de Diderot a partir de seus distintos “pontos de vista químico’ sobre a composição e a interpretação da Natureza. Não se trata de estabelecermos uma oposição entre duas interpretações do que seria a filosofia experimental, mas de compreendermos as razões que faziam da química um território privilegiado de diálogos e de controvérsias entre o conhecimento prático e o conhecimento teórico. Assim, nosso objetivo consiste em circunscrever duas abordagens alternativas e, no geral, convergentes de filosofias experimentais que têm a química e o trabalho dos químicos como modelo de investigação do mundo natural.

Resumo do CV
Lattes: Luciana Zaterka é professora de Filosofia Moderna da UFABC. Possui graduação em Química (Mackenzie) e Filosofia (USP), mestrado também em ambas as áreas (USP), doutorado em Filosofia (USP) e pós-doutorado em História da Ciência (PUC-SP). Publicou, em 2004, o livro A Filosofia Experimental na Inglaterra do Século XVII: Francis Bacon e Robert Boyle pela editora Humanitas. Ronei Mocellin é professor de Filosofia da Ciência da UFPR. Possui graduação em Química (UFPR), mestrado em Filosofia (UFSC), doutorado (Universidade Paris X) e pós-doutorado (USP) em Filosofia. Foi professor visitante no Centre François Viète da Universidade de Nantes e coordena o Grupo de Pesquisa “Núcleo de Estudos da Cultura Técnica e Científica” (NECTeC). Publicou, em 2011, o livro Louis-Bernard Guyton de Morveau: Chimiste et Professeur au Siècle des Lumières pela Éditions Universitaires Européennes. Juntos, Luciana Zaterka e Ronei Mocellin publicaram, em 2022, o livro Ensaios de história e filosofia da química pela Ideias & Letras, além de vários artigos e capítulos de livro em co-autoria nos últimos cinco anos.

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