DEFESA Mestrado – Felipe Ramos Gall

Data: 04/04/2017 às 13h

Local: F201

Tese: Da estranheza na era da técnica

COMUNICAÇÃO DE DEFESA DE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Observados os dispositivos do art. 6º da DELIBERAÇÃO 001/76, será defendida no dia 04/04/2017 às 13:00, no local F201, a DISSERTAÇÃO DE MESTRADO intitulada “Da estranheza na era da técnica” do aluno FELIPE RAMOS GALL candidato ao grau de Mestre em Filosofia.

A Comissão Julgadora constituída pela DESIGNAÇÃO Nº 9325/02/2017 é formada pelos seguintes professores:

Nome Titulação Afiliação Obs.
1 Edgar de Brito Lyra Netto Doutor / PUC-Rio PUC-Rio Orientador e Presidente
2 Gilvan Luiz Fogel Doutor / REIDELBERG UFRJ
3 Ligia Saramago Doutor / PUC-Rio PUC-Rio
4 Paulo Cesar Duque Estrada Doutor / BC PUC-Rio Suplente

 

RESUMO:

Tomando por base as considerações de Martin Heidegger acerca da técnica, segundo as quais o domínio da técnica vigente em nossos dias manifesta-se como a aparência de ser a única possibilidade de compreensão da realidade, sendo este o grande perigo de nossa época, nossa questão norteadora aqui é sobre a estranheza existencial e de sua possibilidade em nossa época. O fenômeno da estranheza é tematizado por Heidegger de modo mais pormenorizado em Ser e tempo, sua obra seminal. Tendo em vista o caráter histórico-ontológico deste trabalho, nosso ponto de partida será demonstrar as determinações históricas que conduziram Heidegger para a questão diretriz de Ser e tempo, isto é, o questionamento pelo sentido de ser, e o porquê dessa questão ter sido esquecida pela tradição. Havendo estabelecido isso, reconstruiremos os passos essenciais da analítica existencial que convém ao fenômeno da estranheza, visando demonstrar sua relação essencial com temas como a cotidianidade, angústia, cuidado, morte e autenticidade. A estranheza mostrar-se-á como um fenômeno inseparável da disposição de ânimo fundamental, que, em Ser e tempo, é a angústia. Se entendermos que, essencialmente, todas as disposições fundamentais tematizadas por Heidegger dizem o mesmo, tem-se que o fenômeno da estranheza não é exclusivo da angústia, mas sim o modo como nos encontramos dispostos no mundo radical e fundamentalmente. Por conta disso, a estranheza existencial mostra-se como um tema indispensável para pensarmos a era da técnica tal como interpretada por Heidegger, dada a importância das disposições fundamentais nesse contexto que é dominado pelas explicações psicológicas. A questão da técnica surge no pensamento tardio de Heidegger, isto é, após a virada em seu pensamento. Faz-se necessário, pois, tematizar essa virada a fim de estabelecer as bases para a compreensão do porquê de vivermos hoje na era da técnica. Visamos demonstrar, por conseguinte, que após a virada não houve um abandono das conquistas obtidas em Ser e tempo, muito pelo contrário: as considerações acerca da estranheza tal como apresentadas na analítica existencial parecem ser imprescindíveis para a nossa hodierna tarefa do pensamento, pois a lida apropriada com a tecnologia e seus aparelhos parece exigir um estranhamento essencial de seu domínio inconcusso e indisputado.

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Coordenador do Programa de Pós-Graduação e Pesquisa

Prof. Ludovic Soutif

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