Esta sexta-feira dia 23/05 às 15h, no PPGLM, no LEME, temos:
O que faz uma boa definição?
Elan Marinho (PPGLM-UFRJ)
Resumo: Neste trabalho, trato do que são definições. Imagine a definição “água é H2O”. Definições são compostas por um definiendum, que é aquilo que queremos definir (“água”). Definições contêm um conectivo definidor (“é”). Por fim, contêm um definiens (“H2O”) que define aquilo que queremos definir. Como um todo, a definição dá os contornos de um conceito. Por consequência, espera-se que uma definição dê os contornos de algo na realidade. Existem muitos tipos de definição. Existe a definição nominal, que visa captar o uso de uma palavra no cotidiano. É a definição típica de um dicionário. Por contraste, existe a definição real, que visa captar a essência daquilo que se quer definir. É a definição típica da filosofia. E existe a definição estipulativa, que reporta como o definidor usa o termo ou como ele recomenda que os outros usem. Para sabermos se uma definição é boa, devemos ter em mente os objetivos que elas podem cumprir. Esses objetivos podem ser ensinar a usar um termo de maneira rápida, ser amplamente aceita, ajudar a localizar algo em um contexto particular, deixar mais claro para alguém o que é alguma coisa, ser precisa, ser simples, ser elegante, ser intuitiva, captar a essência de algo, dentre outros. Uma definição muito precisa pode ser muito prolixa e, por isso, ser pouco clara. Diante disso, um definidor precisa lidar com as vantagens e desvantagens da sua definição para chegar no objetivo desejado.
